“The IBC wrap-up: indentifying the key trends”, analisou os principais assuntos do IBC 2016, bem como os indicadores e as principais tendências para as indústrias de radiodifusão e de mídia nos próximos anos.

 

Broadcasters entre eles engenheiros de emissoras de TV, responsáveis de integradoras e representantes comerciais de algumas das principais marcas do mercado brasileiro participaram da sessão “The IBC wrap-up: indentifying the key trends” à convite da SET, que esteve representada pelo seu presidente, Olímpio Franco; seu vice presidente, Fernando Bittencourt; e a Diretora Internacional da entidade, Liliana Nakonechnyj.

O painel debateu a transição e como a indústria está lidando com sinais SDI, HD, UHD e como está trabalhando todos os formatos e as suas variantes. Ainda, como os multi-formatos chegam ao telespectador, sejam estes IP ou não, e como o TI está cada dia mais presente na indústria, o que provoca uma importante disrupção.

Outros dos tópicos tratados na sessão foram os novos sistemas de IP, que fazem com que os sistemas de interconexão SDI fiquem, de alguma forma, obsoletos, e como as principais decisões de negócios precisam ter como foco o consumo e, com ele, as análises de mercado cada dia mais importantes em uma indústria em transformação.

O moderador da palestra, John Ive (Consultant, Technologist and Producer/Director of Technology and Strategic Insight), disse que é preciso ter um debate árduo e complexo para tentar entender as mudanças do mercado e, na hora de tomar decisões, fazê-las da melhor maneira possível, mas com cuidado, pois todas podem ser “rápidas”.

A sessão contou com a presença de Simon Fell (ETSI Mobile Broadcast Convergence ISG, Director of Technology & Innovation); Tom Griffiths (Director of Broadcast and Distribution Technology-ITV);  Tony Emerson (Worldwide Managing Director, Media and Cable Microsoft Corporation); Richard Lindsay-Davies (Chief Executive Officer, The DTG), Ted Malone (VP de Products, Strategy, Planning & Management, Ericsson); e Kate Bulkley (Media Commentator and Journalist).

Tony Emerson (Microsoft) afirmou que um dos pontos importantes neste processo de transformação e inovação é a segurança dos processos e dos conteúdos. Ted Malone comentou que as produções estão mudando, “temos várias opções de consumo e de distribuição, mas o consumidor também está mudando e, por isso, precisamos ver como a disrupção do mercado nos afeta, e como avançamos para ela”.

Simon Bell disse que estamos em um momento de mudança e que a transição para o IP começou. “Neste momento treinamos profissionais na África para que trabalhem com a nova geração de produtos.

 

Para Tom Griffiths (ITV) é necessário ter profissionais capazes de trabalhar nessa transição e treinamentos adequados. “Provavelmente, o problema são os diferentes estados de desenvolvimento da indústria e, com ela, dos seus profissionais, tanto dos que produzem equipamentos como dos que produzem conteúdos”.

Outro dos temas debatidos na sessão foi como distribuir vídeo e como ele tem mudado nos últimos anos com a incorporação no mercado de empresas que não eram da área e que têm apostado na distribuição de conteúdos, como Amazon, Google, IBM, entre outras, e que estão mudando a forma de realizar a distribuição do conteúdo audiovisual. “Todas elas têm grandes aspirações na distribuição, a questão é como isso continuará acontecendo”, afirmou Kate Bulkey.

 

Por Fernando Moura, em Amsterdã, Holanda.

(Fernando Carlos Moura é professor do Curso de Jornalismo da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo)