O Switch-off da TV Analógica discutido no SET Nordeste 2014

Luiz Gurgel (SET) afirma que com o apagão analógico muitas residências ficarão incapacitadas de sintonizar as emissoras da TV aberta no país

Luiz Gurgel (SET) afirma que com o apagão analógico muitas residências ficarão incapacitadas de sintonizar as emissoras da TV aberta no país

O dia do “Switch-Off” no Brasil (desligamento dos canais de TV analógica) está chegando. Será que a sua emissora está preparada para esse momento?  Precisamos requalificar o pessoal e regularizar a cobertura.

A primeira palestra do SET Nordeste 2014 esteve a cargo de Luiz Gurgel (SET) quem interpelou a plateia sobre a migração e a requalificação do pessoal que a emissora possui para dar funcionamento ao seu sistema.

Gurgel explicou que a TV Digital é diferente não só em termos tecnológicos senão de todas as áreas de interesse, desde o Marketing até a tecnologia, porque ela é “uma nova mídia, e lá é que mora o perigo. O momento em que as emissoras não capacitaram todo o pessoal da emissora para a mudança”.

“Estamos com a mesma percepção da TV analógica, mas na TV Digital não é assim. A TV Digital é 0 ou 100%, o se capta ou não. Será que na sua cidade 100% dos pontos atendidos pela TV analógica receberam TV Digital”, afirmou

Gurgel afirmou que neste novo sistema “há umas “pegadinhas” quando falamos de levantamento de cobertura de um canal digital. É que os parâmetros utilizados para avaliar a cobertura de um canal analógico, geralmente, são inadequados quando se trata de um canal digital. O mais importante deles e que para um canal digital, precisamos fazer medições em um número muito maior de pontos do que em um canal analógico, isto é, precisamos aferir as condições de recepção em pontos separados por distâncias muito menores. Isso porque, entre dois pontos aferidos, pode sempre haver uma redução de sinal significativa (erro de interpolação) e a probabilidade de que isso ocorra aumenta muito à proporção que aumentamos a distância entre os pontos considerados. Essa redução, quando ocorre em um canal analógico, provoca, em geral, apenas uma perda na qualidade relativa da imagem, entretanto, quando ela ocorre em um canal digital o resultado pode ser catastrófico, pois pode inviabilizar completamente a sua recepção”.

Outra das alertas de Gurgel para os presentes foi que “muitos telespectadores não tem receptor digital” e os “que tem não sabem como utiliza-lo. O telespectador precisa adquirir um dispositivo que possa codificar o sinal de TV Digital, e nem todos podem. De fato, uma grande quantidade de pessoas não tem nem tem hipótese de ter”.

Assim segundo Gurgel, “mesmo naquelas cidades onde há emissoras com transmissões digitais funcionando há meses, ou mesmo há anos, muitos consumidores ainda não adquiriram televisores capazes de sintonizar os canais digitais e outros, que já possuem esses equipamentos, não sabem muito bem como utilizá-los. Há várias residências que possuem tais equipamentos e, contudo, continuam sintonizando os canais analógicos”.

Luiz Gurgel escreveu um artigo sobre o assunto na edição nº 139 da Revista da SET (http://www.set.org.br/artigos/ed139/139_revistadaset_78.pdf).

O SET Regional NORDESTE, Seminário de Tecnologia de Televisão e Multimídias, Gerenciamento, Produção, Transmissão, Distribuição de Conteúdo Eletrônico Multimídia, Interatividade, Mobilidade, Interferência, Broadcast e Broadband realiza-se em Recife, Pernambuco de 24 a 25 de setembro de 2014.

O evento espera receber mais de 200 profissionais do setor na capital pernambucana no Auditório da TV Jornal do Commercio. Conta com a parceria institucional da TV Jornal do Commercio e é uma realização da SET – http://www.set.org.br

Por Fernando Moura, em Recife (PE)

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