Fórum SET: O progresso do broadcast no mundo

O SET e Trinta trouxe aos associados da SET e aos presentes na sala o que há de melhor e mais moderno
em d
esenvolvimento de tecnologia de TV e padrões de áudio e vídeo. A sessão contou com a presença de
executivos do IAMB, IBC, SMPTE e Ministério das Comunicações do Japão

Peter Owen (IBC), Fernando Bittencourt (SET), Peter Bruce (IABM), Peter White(IAMB), Olimpio Franco (SET), Reiko Kondo (MIC Japão), e Peter Symes(SMPTE).

Peter Owen (IBC), Fernando Bittencourt (SET), Peter Bruce (IABM), Peter White(IAMB), Olímpio Franco (SET), Reiko Kondo (MIC Japão), e Peter Symes(SMPTE).

O Fórum SET debateu este ano as tendências da TV mundial e quais as principais decisões que devem ser tomadas nos próximos tempos. A conferência intitulada, “O progresso do Broadcast no mundo” moderada pelo vice-presidente da SET, Fernando Bittencourt contou com a participação de Peter White, presidente da International Association of Broadcast Manufactures (IAMB); Peter Owen, presidente do Conselho da International Broadcasting Convention (IBC); Peter Symes, diretor de Engenharia e Regulações da Society of Motion Pictures and Television Engineering (SMPTE); Reiko Kondo, diretor do Escritório de Informações sobre Tecnologias de Exibição Digitais e Comunicações do Ministério das Comunicações e Relações Internas do Japão, e Peter Bruce, diretor da IABM.

Peter White (IAMB)

Peter White (IAMB)

O primeiro a expor foi Peter White, presidente da International Association of Broadcast Manufactures (IAMB) quem na palestra “Qual é o futuro para a tecnologia de broadcasting?” explicou os avanços da indústria e quais as principais decisões que devem ser tomadas em prol do desenvolvimento da tecnologia de TV.

White disse que a inclusão do software na indústria tem mudado algumas coisas e gerado oportunidades e mudanças no mercado. Ele mostrou as tendências de crescimento do mercado afirmando que o mercado global de TV deve ultrapassar os 45 bilhões de dólares em 2015, mas que a indústria não cresceu no biénio 2012-2014 e teve uma leve diminuição, mas existe uma tendência a aumentar até 2018 em aproximadamente 3%.

Ele afirmou que o valor no broadcast hardware está desaparecendo rapidamente. “Os fornecedores estão tendo que considerar seriamente assumir software e serviços orientados por modelos de negócios devido ao hardware tradicional tornar-se uma comodity”.

White afirma que as grandes empresas de fornecimento de tecnologia “se estão reestruturando rapidamente. Mas, efetivamente “afastar-se do hardware leva muito tempo e muitas vezes as empresas não tem tempo para isso” a questão é preparar-se para “nova era que já chegou”.

Peter Bruce, diretor da IABM – APAC afirmou que nos próximos 5 anos o cloud terá uma quota de mercado de 27% e que as redes IP alcançaram 37% do mercado global o que representa que 64% do mercado trabalhará ou estará imensos em rede IP gerando uma verdadeira mudança no paradigma das empresas de broadcast com inclusão muito “forte do TI dentro delas”.

Ele disse que estamos “frente a grandes mudanças que geram grandes oportunidades” já que se produzirá uma mudança de infraestrutura com 23% do market place e a tendência é para a ida para “software e com ele a serviços que incluem serviços de aluguel” colocando a hipótese do confronto entre a propriedade d equipamento de hardware e soluções de software frente a serviços de “aluguel” gerando “verdadeiras transformações no mercado broadcast”. Outros dos pontos destacados por Bruce é o crescimento das OTT e como elas mudam o paradigma já que estão baseadas em serviços de TI.

peter owenO presidente do Conselho da International Broadcasting Convention (IBC), Peter Owem trouxe a visão europeia da TV com a palestra: “Broadcasting na Europa – 50 anos de inovação”. Numa interessantíssima palestra Owen mostrou a evolução da tecnologia e seu percurso pela Europa e como os grandes eventos esportivos foram marcando o mercado e as suas inovações.

Ele disse que nos anos 1960 se “introduziu a tecnologia que mudou a natureza da radiodifusão. A norma PAL a cores, as comunicações via satélite, segundos canais, rádio estéreo, dispositivos digitais, todos nasceram na década de 60. Os fabricantes de tecnologia necessitaram de exposições e conferências, IBC, Montreux e InterBEE nasceram, e estes mercados cresceram global e rapidamente. O ritmo da mudança continuou de no início da digitalização dos anos 70 para o digital pessoal na década de 90. Mas agora, broadcasting digital tem um novo significado, uma nova audiência e novos modelos de negócios”.

Ainda, Owen mostrou as potencialidades do sistema DVB adoptado na Europa e qual é a situação atual das emissoras da região explicando que elas passam por um período de acomodação com a aparição de sistemas OTT.

Para ele é importante avançar para soluções de colaboração e trabalhar intensamente no desenvolvimento da TV híbrida e que se bem há mudanças, a TV continua a ser na Grã-Bretanha o meio mais utilizado para assistir conteúdos audiovisuais.

Peter Symes, diretor de Engenharia e Regulações da Society of Motion Pictures and Television Engineering (SMPTE) explicou entre outras coisas, o “Color Black” que está baseado na IEEE 1588 e as interfases SDI 6 GHz & 12 GHz, e fez um relato pormenorizado das atividades da sociedade no último ano que em 2016 completará os seus primeiros 100 anos de existência.

Na palestra “Recentes desenvolvimentos nos padrões SMPTE”, Symes realizou um overview da situação atual do mercado explicando que os padrões SMPTE abrangem os mundos do cinema, televisão e cinema digital. As publicações no ano passado foram relativas a UHDTV, High Dynamic Range, interfaces de alta velocidade e de normas para arquivamento e dispositivo de controle que terão varias aplicações em diversas áreas.

Ele disse que neste momento a SMPTE trabalha na normatização de novas normas, entre elas a SMPTE 2022 series, e JTNM que esta explorando infraestruturas para desenvolvimentos de TV Híbrida.

forumOutro dos temas desenvolvidos pelo executivo da SMTPE foi a Interoperable Mastering Format (IMF), um conceito similar ao da D-Cinema que trabalha com um “One Set” e possui Play List (CPL) com arquivos XML, e é “uma boa solução para plataformas OTT”.

“Um tema muito, muito importante é o desenvolvimento  do Archive eXchange Format (AXF), o SMPTE ST 2034-1, uma forma de arquivamento independente com storage médio, sistema operativo y diversas aplicações”, concluiu.

A última a discursar no Fórum SET foi Reiko Kondo, diretora do Escritório de Informações sobre Tecnologias de Exibição Digitais e Comunicações do Ministério das Comunicações e Relações Internas do Japão.

Reiko Kondo (MIC Japão)

Reiko Kondo (MIC Japão)

Reiko explicou as diferenças entre as frequências de broadcast e broadband  que são utilizadas no Japão pelos meios de comunicação explicando os novos serviços e frequências a traves do sinal de FM analógico mediante o qual se realiza a prevenção de desastres naturais. O V-Low Multimedia Broadcasting, um sistema broadcasting territorial móvel. Ainda descreveu a V-High Multimedia Broadcasting (ISDB-Tmm) e as suas aplicações.

Outro dos temas tratados foi a implantação do 4K e 8K e os seus efeitos econômicos no Japão, reforçando que as Olimpíadas de Tokio 2020 serão realizadas em 8K e quem em 2016 começam os testes de canais em 8K via net e satélite no país.

No fim das palestras, antes as perguntas de Fernando Bittencourt, Peter Symes disse que o IP já esta padronizado e é “um caminho inevitável para transportar cada vez maior quantidade de dados”. Pelo seu lado, Peter Owem disse que o 4K pode ser uma alternativa para transmissões via satélite o IP, mas por “enquanto não em TV aberta (on-air) porque não a espectro para isso”

Acompanhe a cobertura completa do SET e Trinta, o seminário exclusivo da SET que reúne opinião de leaders, profissionais e empresas para discutir as principais novidades em tecnologia de broadcasting e novas mídias durante o NABShow, em Las Vegas, Nevada, nos Estados Unidos.

Este ano, o evento acontece entre os dias 13, 14 e 15 de abril, nas salas N116, N117 e N118 do pavilhão de exposições. As atividades começam sempre às 7 da manhã e terminam por volta das 9 horas, quando a feira americana começa.

Confira a programação completa em:
www.set.org.br/eventos_nab_programacao.asp?ano=2015 5

Por Fernando Moura, em Las Vegas

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