A qualidade de uma cobertura depende essencialmente de dois fatores: o local e o instante em que é realizada, indicam especialistas em painel no SET Regional SUL, na Universidade Positivo em Curitiba
A palestra foi moderada por José Frederico Rehme, diretor de Ensino da SET, e teve como palestrantes Marcelo Amoedo, diretor de Vendas da divisão de Broadcast da Intelsat; Ricardo Calderón, diretor comercial da Eutelsat do Brasil; e Laércio José Kazmierczak, coordenador de Projetos e Desenvolvimento de Sistemas de TV da RPC TV.
Marcelo Amoedo falou dos desafios e das mudanças criados por “novas demandas com a adaptação de produtos, que gera confiabilidade aos clientes, mas cria congestionamento do tráfico com falhas e interrupção de serviços. Por isso, pensamos em atender as demandas com segurança e reduzir os riscos com segurança com acesso às novas tecnologias com um nível de investimento menor”, na palestra “alcançar novos espectadores requer uma nova abordagem”
Uma das novidades apresentadas pelo executivo foi o IntelsatOne Prism, com conectividade simplificada com acesso básico a internet via Prism que permite a transmissão multimídia triple-play integrada com acesso automatizado para todos os serviços. “É uma solução que permite a previsibilidade e a redução de custos, um menor tempo de preparação com menos recursos em campo e conectividade com qualidade para transmissão de vídeo garantida.”
Veja a Programação Completa do SET SUL 2017
Ricardo Calderón explicou as potencialidades que a Eutelsat pode oferecer aos clientes e indicou como a posição orbital do satélite 65 West A pode ser uma excelente forma de realizar contribuição e transmissão de conteúdo com um satélite de 3 bandas (tri-band) com 24 feixes em banda Ka das quais 16 estão no Brasil com cobertura integral em América Latina em Banda C e Ku.
Uma das novidades apresentadas pela Eutelsat é a contribuição digital via satélite com internet de banda larga com uma antena de apenas 96 cm e com um modem de IP conectado ao gateway. “Os Internet SNG funcionam com banda C ou Ka com taxas de transmissão de até 3 MBits”, detalhou Calderón.
Como utilizador de serviços, Laércio José Kazmierczak da RPC TV mostrou aos presentes de que maneira a afiliada da Globo no Estado do Paraná realiza a produção jornalística. “O nosso desafio é o compartilhamento de mídia entre as afiliadas com agilidade e flexibilidade”, afirmou.
“Ontem, a TV era soberana. O jornalismo era ao vivo, mas tínhamos unidades móveis, micro-ondas, microlinks e SNGs para fazer as coberturas. Estes conceitos caem hoje porque não eram ágeis, eram caros e eram difíceis de operar. Agora, temos muitas alternativas técnicas, caras e baratas, com recursos diferentes, multiplataforma e altamente interativos, realizados em várias linguagens e com uma concorrência muito forte. Além disso, deixamos de ser soberanos, uma vez que muitos produzem áudio e vídeo. Por isso tudo, precisamos ser dinâmicos e rápidos e precisamos mudar as soluções para produtos mistos que permitem utilizar recursos diferentes”, argumentou.
Por Fernando Moura, em Curitiba (PR)