Apesar da promessa de longevidade, garantir a preservação digital oferece desafios importantes. Como escolher a melhor mídia de arquivamento e quais os formatos disponíveis? Quais considerações podem significar o fracasso ou o sucesso de seu arquivo digital?
João Paulo Querette (ALFRED) mostrou aos presentes como o “universo digital” se esta expandido e acelerando e “nosso mercado esta contribuindo muitíssimo a essa aceleração assumindo que passamos de uma hora de SD a uma hora em 8K aumentamos exponencialmente o consumo de espaço”.
Numa palestra muito interessante e provocativa o executivo pernambucano explicou aos profissionais presentes no auditório a mudança dos sistemas de armazenamento das fitas para os sistemas em estado solido, e como esta migração foi um excelente médio de adquisição, mas um péssimo sistema de arquivamento.
“Um arquivo é um repositório de documentos com o objetivo de preservá-los. De Todas maneiras, temos de diferenciar o arquivamento do armazenamento, o primeiro é a longo prazo e o segundo a curto prazo”, disse.
Querette mostrou os três principais formatos de arquivamento digital existentes no mercado atual, e com isso pensar em que capacidade tem cada mídia, custo por terabit e a longevidade da mídia. “Se quer preservar a pergunta que todos nos fazemos é a longevidade, e isso, ninguém sabe qual será. Outra das incógnitas é determinar qual a densidade de área de armazenamento” e “até onde irá a densidade”.
Prever o futuro não é possível porque “não conseguimos prever o futuro e as revoluções que a indústria gerará”, mas está claro que “toda mídia um dia será obsoleta. Fitas, discos, cartuchos etc.”
Para resolver o problema da obsolescência das mídias é necessário “migrar o material”, segundo Querette, as pessoas envelhecem porque “somos analógicos”, no mundo digital, “temos de ver como o fazemos e como preservamos nossos conteúdos” que no “fim serão os mais importante que as emissoras terão no futuro, já que o que importará será o conteúdo, e para termos isso, elas têm de arquivar esse conteúdo de uma forma segura”.
A migração é fundamental e significa a troca de mídia passando de um formato para outro e “precisamos ter backup, e com isso múltiplas cópias do mesmo conteúdo que sejam acessíveis e recuperáveis”, e isso tudo, assumir que é necessário transformar os arquivistas digitais em “curadores digitais” que os broadcasters escolham um sistema que seja o mais conveniente no arquivamento digital.
“Desenvolvemos produtos inovadores para o gerenciamento e storage de arquivos digitais, que no fundo é o futuro das emissoras” que neste momento estão migrando para o mundo digital.
O SET Regional NORDESTE, Seminário de Tecnologia de Televisão e Multimídias, Gerenciamento, Produção, Transmissão, Distribuição de Conteúdo Eletrônico Multimídia, Interatividade, Mobilidade, Interferência, Broadcast e Broadband realiza-se em Recife, Pernambuco de 24 a 25 de setembro de 2014.
O evento espera receber mais de 200 profissionais do setor na capital pernambucana no Auditório da TV Jornal do Commercio. Conta com a parceria institucional da TV Jornal do Commercio e é uma realização da SET – www.set.org.br
Por Fernando Moura, em Recife (PE)