Antenas Digitais, influência de torres e aplicações em RTVD

conti_set nordeste

Gerenciamento na utilização de antenas para aplicações em interiorização RTVD, desvios de especificações, cuidados quanto a influência da torre e desenho de gap-filler sob a ótica da antena.

Mudando o assunto, Dante Conti (TRANSTEL) ofereceu uma serie de conceitos sobre antenas digitais, influência de torres e aplicações em RTVD, “estamos com um giro de tecnologia mais lento que o resto da indústria, mas um movimento que esta caminhando para a transição da TV analógica para TV Digital”.

Para Conti, em sistemas de TV Digital “não existe na prática a possibilidade de se ter atendimento pleno isto é, em 100% das localidades e à qualquer momento”, assim, “em transmissão digital não se pode negligenciar ou supor que haverá recepção marginal, em situação de limiar ocorre o efeito “cliff”.

“Em sistemas de transmissão de TV Digital, as especificações da antena serão reconhecidamente fatores determinantes para o desenho e viabilização de repetidores auxiliares para a extensão de cobertura em zonas de sombra ou Gap-Fillers. Similarmente, quando se tratar da interiorização do sinal de TV Digital e a busca por canalização realizável  num espectro cada vez mais congestionado, o emprego de antenas com especificações rigidamente controladas passa a ser pre-requisito também para o desenho e viabilização de novas topologias de redes, como as redes que operam numa única frequência ou SFN”, afirmou.

Assim, “o modelo do negócio de TV Digital, aparentemente um tema distante e descorrelacionado das antenas, pode por ela – antena, ser afetado. A adição da polarização vertical em antenas de Transmissão de TV Digital vem demonstrando em vários mercados ser uma contribuição valiosa para a robustez da recepção 1-seg em terminais móveis e portáteis”, disse Conti em Recife.

Conti explicou que a antena, basicamente, é um transdutor de energia, ou “um adaptador de impedâncias com eficiência variável conforme uma determinada direção ao seu redor” que tem entre as suas principais propriedades de radiação:

1 – Diagramas de Radiação: são os cortes nos dois planos principais da esfera de radiação indicativos de como a antena distribui a energia ao seu redor, de onde está univocamente associado o ganho da antena com relação à uma antena de referência (usualmente o dipolo de meia onda)

2 – Largura de faixa: indicativo da banda onde as propriedades de radiação da antena são controladas (banda estreita – monocanal) ou banda larga (canal adjacente ou multicanal)

3 – Casamento de impedância: ilustrativo da % de potência refletida que a antena irá operar ao longo da sua largura de faixa

4 – Polarização: indica como o vetor campo elétrico emanado da antena estará orientado com relação ao eixo de propagação, se na horizontal, na vertical ou se sob forma de um vetor girante descrevendo a figura de uma elipse (polarização elíptica).

Outro dos temas da palestra de Conti foi como aferir os efeitos da Torre? Ele disse que na teoria é possível prever os efeitos da torre nas propriedades de radiação da antena mediante ambientes de caracterização, quer seja virtual, ou não virtual (campo de teste).

“Em campo de teste, para antenas de dimensões reduzidas , o que não é normalmente aplicável à antenas de radiodifusão, tem-se o emprego de salas confinadas com absorvedores ou câmaras anecóicas ou campos abertos para acomodar antenas de grandes dimensões. Pode-se alternativamente, quer seja em câmara anecóica ou em campo aberto utilizar-se um modelo em escala do ambiente ou torre em analise e reproduzir-se a estrutura interferente. Com exceção do campo aberto e do teste em verdadeira grandeza, qualquer outra abordagem irá oferecer resultados aproximados”, afirmou.

Para Conti é possível “imaginar a viabilidade e os impactos econômicos de cada abordagem e concluir que o ambiente de caracterização mais rápido e econômico é o virtual, mas pagando o preço de ser menos precisos perante as possibilidades”.

Para finalizar, o executivo da Transtel disse que o que deve ser feito é um “gerenciamento da correto da cobertura e da robustez da antena”.

O SET Regional NORDESTE, Seminário de Tecnologia de Televisão e Multimídias, Gerenciamento, Produção, Transmissão, Distribuição de Conteúdo Eletrônico Multimídia, Interatividade, Mobilidade, Interferência, Broadcast e Broadband realiza-se em Recife, Pernambuco de 24 a 25 de setembro de 2014.

O evento espera receber mais de 200 profissionais do setor na capital pernambucana no Auditório da TV Jornal do Commercio. Conta com a parceria institucional da TV Jornal do Commercio e é uma realização da SET – www.set.org.br

Por Fernando Moura, em Recife (PE)

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