Painel reflete sobre como as marcas e os anunciantes buscam melhores resultados entre os modelos online e offline
O segundo painel do segundo dia do SET SUL 2017 debateu a “Transformação digital e o impacto das tecnologias disruptivas”. Moderado por Daniela Souza, diretora de Marketing da SET, a sessão contou com as palestras de Fabio Tsuzuki, sócio-fundador da Media Portal Solutions; Diego, Buenaño, diretor de Vendas da Editshare na América Latina; e Rafael Mafra, gerente de Engenharia e TI da RIC Record Santa Catarina.
Fabio Tsuzuki acredita que “o uso de infraestruturas híbridas pode abrir as portas para o futuro”. Em sua opinião, as tecnologias tem um ciclo de evolução que começa de maneira lenta e, em algum momento, o seu uso se torna explosivo. “Após essa fase, a tecnologia estagna e dá espaço para novas tecnologias. Atualmente, a nuvem está permitindo a aplicação da inteligência artificial em muitas áreas, o que em um futuro próximo terá efeitos explosivos em nossos hábitos.”
O diretor da Media Portal explicou o conceito de MAM e trabalhou a ideia de Media Processing Workflow, pensado como um “orquestrador” que realiza o tratamento das mídia, avançando para uma arquitetura híbrida mediante a utilização do Cloudlink, um MAM com arquivamento na nuvem. “Esse sistema gera mais segurança e agilidade de arquivamento digital com um modelo híbrido”, pontuou Tsuzuki.
Na palestra “Fluxo de trabalho remoto, benefícios e diferenças de trabalhar na nuvem ou ter uma nuvem privada”, Diego Buenaño afirmou que cada vez mais a necessidade de colaboração remota é essencial em fluxos de produçã. Por isso, é importante o “surgimento de Cloud Services”, mas isso depende de cada usuário.
“Hoje o formato do vídeo ganha a conectividade. Nos últimos 5 anos, passamos do SD ao 8K, e este ano a NHK fez na NAB testes em 16K. Essa evolução é difícil. Como fazemos hoje, é o approach híbrido, onde temos um suporte físico e local e um suporte na nuvem, que permita trabalhar de forma remota”, afirmou Buenaño. O problema, segundo ele, continua sendo “a conectividade”.
Finalmente, na visão do broadcaster, Rafael Mafra analisou os “desafios do desenvolvedor de multi-conteúdo” e afirmou que um dos grandes desafios é como manter o controle sobre as atuais mídias e buscar novas audiências. “A visão ou foco deixou de ser sobre um ou dois negócios e passou também a ser multiplataforma”, argumentou.
Em sua opinião, é necessários gerar perspectivas de futuro com maior escalabilidade de infraestrutura conforme a demanda, com um alto volume de acesso. “Hoje temos várias plataformas simultâneas para entrega porque o conteúdo já não é só para TV”, assim “estamos unificando as redações de conteúdo seja redação física e a de workflow remoto”.
Na rodada de perguntas se vislumbrou que uma das disrupções passa por uma integração maior da engenharia com o jornalismo e os produtores de conteúdos.
Por Fernando Moura, em Curitiba (PR)
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