O mercado audiovisual se encaminha para a convergência entre o Broadcast e o Broadband. Este é um caminho que os principais players do mercado consideram inevitável na edição 2017 do @NABShow que se realiza em Las Vegas de 24 a 27 de abril.

Como disse Henry Jenkins, em 2009, “a convergência das mídias é mais do que apenas uma mudança tecnológica. A convergência altera a relação entre tecnologias existentes, indústrias, mercados, gêneros e públicos. A convergência altera a lógica pela qual a indústria midiática opera e pela qual os consumidores processam a notícia e o entretenimento (…) a convergência refere-se a um processo, não a um ponto final. Não haverá uma caixa preta que controlará o fluxo midiático para dentro das nossas casas”.

Esta NAB mostra isso, uma convergência cada vez mais clara, em que a luta pela qualidade está em evidência, com workflows completos em 4K e um aumento significativo de equipamentos em 8K, mas também com o IP, a virtualização e a distribuição de conteúdos direcionados a sistemas integrados e compartilhados.

“A convergência das mídias é mais do que apenas uma mudança tecnológica”, é um caminho que o consumidor de conteúdos está provocando na indústria audiovisual.  Até a primeira década do século XXI, os broadcasters ditavam ou que se consumia e a tecnologia era de um para milhões (ou de um para todos). Hoje, na segunda década de século, nos encontramos em um mundo “n para n”, isto é, um mundo que deixou de ser unidirecional, no qual a comunicação é bi/tri/quatri direcional e opera desde todos os pontos. O conteúdo continua sendo o “rei”, mas chega desde diferentes “Ns”, ou seja, de diferentes produtores/consumidores – ou “prosumidores”, na acepção de Jenkins – de conteúdos.

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***Por Fernando Moura e Francisco Machado em Las Vegas.

Edição em São Paulo: Gabriel Cortez